28 dezembro 2007

2007 e o fim

um dos primeiros posts deste blog foi uma retrospectiva de 2006... 2007 era um ano que prometia depois de um 2006 tão cheio de novidades e felicidades. 2007 prometeu e cumpriu. Eita ano! De altos e baixos teve de tudo, e contrariando a teoria da relatividade que diz que quanto mais velho você fica mais rápido passam os anos, 2007 foi tão cheio que parece que não tem fim (de fato, não acabou ainda). O ano que se arrasta.
2007 foi o ano dos sonhos sonhados mas planos não cumpridos. O ano dos imprevistos, das surpresas, do inconveniente, do sacode, socorro! 2007 foi um ano tão feliz quanto infeliz. A definição da dualidade dos sentimentos. E é por aprender com este ano que eu resolvi não esperar 2008, realizá-lo, sonhá-lo, mas não planejá-lo, pensá-lo, nada. 2008 que seja.

Tavez o único pensamento de 2008 seja acabar com este espacinho do qual ninguém, provavelmente nem eu, vamos sentir falta. não por nada,mas fui revisar e o espaço é tão melancólico que me deu coisa. sei que o problema é de quem o escreve, mas dizem que o meio pode influenciar o ser, então quem sabe mudar ou simplesmente acabar com o meio. mas, pensando bem, deixa essa decisão pra 2008. se é que 2008 chega um dia!

11 dezembro 2007

do fim do medo

eu sempre tive, ou pelo menos há seis anos tinha, um enorme medo. de fato, se alguém me perguntasse meu maior medo, eu responderia um: medo da morte do pai. e por fim, no último mês esse medo tão temível tomou data, forma, cor, tamanho, rosto, evento. o medo tão temível teve fim, porque virou verdade. ao contrario porém do que se possa pensar, o fim do medo não traz alívio. o que sobra no fim do medo? um vazio enorme que rapidamente o seu ser se ocupa em ocupar. ocupar com outro medo, que esse espaço estava destinado a isso mesmo e não se pode, na biologia concreta das células do ser, mudar o seu fim. um medo maior que resulta do crescimento de um medo já existente e eu acredito que seja comum a todo ser humano: o temível fracasso (o medo do fracasso, na minha opinião só acaba quando se morre, porque mesmo fracassados podemos fracassar mais). e o temível medo do fracasso cresce com a verdade do fim do outro medo. não há mais resgate, conselho, socorro, não há porto seguro, meu pai não pode ser meu salva vidas do lado da morte. a única esparança a agarrar-me é que sua vida, já vivida, seja capaz de salvar-me.