Não estar
Queria hoje escrever de novo sobre saudades. Queria escrever sobre como estou não existindo, ou como queria não ser, ou qualquer crise existencial pequena e egoísta das muitas que já escrevi aqui. Não estou.
Escrevo sim da falta, de não estar, mas não da minha perspectiva. Eu não estive para alguéns nessa semana. Não havia o que fazer, nem para onde correr. Não havia melhor circunstancia, mudança de ato, nada que remediasse o meu não estar. A não ser que eu não estivesse aqui. Faltei a alguéns que são mais importantes que minha vida, que minhas horas, que meus sorrisos. Faltei a alguéns em um momento difícil, a morte, que mesmo a já aceita e concebida, é um momento difícil. E faltei a alguéns no provável momento mais feliz de sua vida, e não a vi entrar de branco com seus sorrisos e olhos enlagrimados.Faltei a alguéns involuntariamente e pior, contra minha vontade mental e física, faltei pela impossibilidade de estar. Não é culpa, nem auto flagelação mas eu não estive. Queria estar, busquei estar mentalmente, espiritualmente, ainda que a presença física me fosse impossível.
E senti falta de estar ao lado, segurando a onda, ou o buquê. Senti falta de estar com você te vendo de branco ou nos vendo de negro. Senti falta de amparar seus choros. Senti falta de ser o ombro. E senti mal por que sei que sentiram falta de mim. (sem presunções mas sei das amizades das quais se sentem falta).
Esse é um post pra que fique claro que me importo, que queriaestar e que não quero não estar, então por favor entendam, eu só estive de outra maneira.
Um comentário:
querida,
só uma coisa para dizer para a sra:
obrigada.
beijoca
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