10 fevereiro 2007

Desbaratinos

- Hoje comecei pela vigésima vez minha vida a campanha "pare de roer unhas". Definitivamente acho que a unha tem alguma substância altamente aditiva, pior que a nicotina, porque já vi uma série de amigos pararem de fumar, mas eu não paro de roer unhas. Ou me internem, é algum problema psicológico grave.

- Hoje um senhor me "reganhou" (acreditem se quiser é a palavra em espanhol para dar um esporro.... esporro, reganhar, não está tão longe rs...) porque o jornal que distribuo é de esquerda. Detalhe, eu nem sabia, mas fiquei feliz. Coisa de doido ficar feliz por ser "reganhado" não?

- Além do senhor ninguém mais foi visitar meu stand... fiquei três horas parada, em paz, rezando e repetindo orações enquanto fazia meus passarinhos de papel (origami). Talvez, as pessoas poucas que estavam na universidade num dia de chuva e sol me acharam extremamente maluca e não me visitaram por isso.

- Tenho andado pensando demais. Não faz bem. Reflito até sobre o jeito que vou dizer obrigado. Acho que estou ficando neurótica. Tão neurótica que já me preocupo com a neurose de me achar neurótica. Ou vocês não se deram conta que em todos os parágrafos eu, no final, conto que acho que estou ficando neurótica?

2 comentários:

Anônimo disse...

o meu tão esperado tratamento!! será que funcionará??
no lugar de roer unhas, faz-se origamis. E para completar o tratamento: doa-se origamis e as pessoas ficam felizes!
Acho q pode funcionar!
beijoca querida!

Anônimo disse...

Tachiqui!
A amiga fala demais e gasta as palavras com o vento. Chega a hora de escrever e... e... e me sinto como Drummond!

Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

Pois então... a amiga não precisa escrever nada... usa as palavras dos outros pra dizer o que está "cá dentro".
Obrigada pelo banho de palavras que vc sempre dá! E-N-C-H-U-R-R-A-D-A! Preciso fazer barquinhos de papel... lembrei da minha infância agora. Sim, conexões... mas as palavras estão escassas!